A Arte de Programar
Um encontro criativo e inovador entre a Programação Científica e a Arte
Apresentação
O site A Arte de Programar visa promover uma experiência de aprendizagem criativa em Programação com Arte Computacional através da navegação pelas suas galerias de arte com conteúdo 3D interativo. Nela o usuário (aprendiz) é convidado a interagir com a arte computacional ao acessar seus códigos de programação, sendo livre para altera-los e modifica-los com base na aprendizagem criativa de Winnicott (1975)*, Ostrower (2014)* e Freire (1996)* na qual o aprendiz assume o protagonismo de sua aprendizagem e se permite vivenciar, experimentar, brincar e viver criativamente, por trocas de experiências e relações com o outro e com o mundo, num fazer intencional e criativo, conforme o que lhe acontece ou o que lhe toca a partir da experiência e sentido descrito por Larrosa (2017)*, além de buscar ter uma “atitude interdisciplinar” de Fazenda (2008)* para aprender por meio de experiências e vivências baseadas nas descobertas e na prática.
Desejamos que ao término da visitação, o usuário (aprendiz) seja capaz de criar o seu próprio esboço em arte computacional, fazendo uso da sua criatividade para produzir uma releitura da obra ou composição original.
A Arte de Programar: Waldemar Cordeiro
Exposição: Diversidade Codificada
A Exposição de Arte Computacional " Diversidade Codificada" foi inspirada na obra a “mulher que não é BB” de Waldemar Cordeiro que revela a imagem de uma menina vítima do bombardeio de napalm na Guerra do Vietnã, desintegrada em milhares de caracteres fazendo um paralelo as dores e destruição causadas por uma guerra. A série de obras “Diversidade Codificada” tem como processo criativo a construção de uma imagem por várias partículas que surgem na tela e revelam gradativamente o rosto de uma mulher e a beleza de sua diversidade, com uma mensagem impressa de aceitação do sujeito, que se ergue e luta contra o padrão de Ser imposto, que destrói, machuca e desconstrói como a força destrutiva de uma implosão de bomba napalm diante da não aceitação da diversidade que habita em cada Ser. Entrelaçada nos versos do poema “Verbo Ser” de Carlos Drummond de Andrade, no poema “Inexato” de Elisa Lucinda, e, ainda, na letra das músicas “De toda cor” de Renato Luciano e “True Colors” de Cindi Lauper, as obras foram codificadas no p5.js, uma interpretação do Processing para a web.
Clique nas obras para executar a arte computacional e acessar o seu código.
A Arte de Programar: Hamid Naderi Yeganeh
Exposição: Metamorfoses
A exposição de Arte Computacional “Metamorfoses” foi inspirada na obra “Butterfly 1” do artista matemático Hamid Naderi Yeganeh que usou de funções trigonométricas combinadas com algoritmos de programação para criar obras de arte matemática e computacional. A série de obras “Metamorfoses” foram codificadas no p5.js, uma interpretação do Processing para a web e traz em seu processo criativo a criação de borboletas programadas com funções matemáticas e tem como inspiração a arte “Butterfly 1” de Hamid Yeganeh, os versos do poema 11 de "Biografia do orvalho" do Livro “Retrato do Artista Quando Coisa” de Manoel de Barros e a letra da música "Metamorfose ambulante" de Raul Seixas que simboliza as transformações no meu processo de aprendizagem interdisciplinar em programação com arte computacional.
Clique nas obras para executar a arte computacional e acessar o seu código.
A Arte de Programar com P5.js
O p5.js surge do desafio de criar uma versão do Processing para web seguindo o mesmo princípio, o de ser gratuito e de código aberto, com a finalidade de tornar a programação acessível a artistas, designers, educadores e estudantes através da codificação criativa. Ele foi desenvolvido pela artista Lauren McCarthy que desenvolveu uma biblioteca JavaScript para facilitar a sua implementação para a Web. Neste processo buscou-se manter ao máximo o uso da sintaxe do Processing, porém como o p5.js é baseado em JavaScript e o Processing é desenvolvido em linguagem Java, linguagens de padrões diferentes, o p5.js não usa exatamente a mesma sintaxe e nomes de função do Processing.
O P5.js possui um editor online no qual se pode programar esboços com uma sintaxe baseada em JavaScript, e compartilhá-los como uma página web, um link ou incorporá-lo em blogs e sites e disponibilizá-los para que outras pessoas possam acessar seus códigos, modificá-los e produzir suas criações. Clique nas obras para executar a arte computacional, interagir e modificar o seu código e codificar a sua produção criativa.
Referências
*Referências:
FAZENDA, Ivani. Didática e interdisciplinaridade. 13° ed. Campinas, SP: Papirus, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 57º ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2014.
LAROSSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Editora autêntica. Belo Horizonte. 2017.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Editora Vozes. Petrópolis, Rio de Janeiro. 2014.
WINNICOTT, Donald. Woods. O brincar e a realidade. Trad. de José Octávio de Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Rio de Janeiro, Imago, 1975. W10 - Playing and Reality. London, Tavistock, 1971.